T Vejo Por Aih!

domingo, agosto 06, 2006

hasta la Isla de Margarita
Episódio 6: "Eu era um turista..."

Pela primeira vez coloquei meu nariz em um outro país. O clima era igual ao de Manaus; o horário era igual ao de Manaus; a hospitalidade era igual a de Manaus; a cor da água era .. bem ai é forçar a barra né? Manaus não tem mar, mas tem prainha (e eu adoro) tem um rio que em certas partes não dá pra ver a outra margem (por isso chamam de riomar) e tem também... ahhh sim eu vou falar da Venezuela né? foi mal.

Então....

Quando chegamos em Porto lá Cruz que tive vimos a primeira cidade da Venezuela (sim, todas as outras considerei como vilas na beira da estrada) o sol tava de rachar, eram assim umas 12h eu e a Minha dileta companheira estávamos com fome e sem saber se o porto do Ceasa... ops... ferry boat era perto ou longe, resolvemos ir caminhando. Andamos meio que emparelhados com um casal australiano que iam na mesma direção, anda, anda, anda, muitas placas de sinalização apontando o destino,até que resolvemos perguntar do casal pronde eles iam, afinal podíamos rachar um táxi. mas a idéia foi frustrada. Pegamos uma busceta (é como eles chamam os ônibus, uma mistura de inglês com espanhol....) e olha foi a primeira vez que eu estive em uma busceta tão apertada, e suja na minha vida... mas deixa isso pra lá.

Chegamos ao ferry de táxi, porque a busceta nos deixou na mão pelo meio do caminho. A viagem na balsa do São Raimundo... opssss... no ferry boat é demorada, a Theya ficou lendo um dos seus 5 livros que ela havia levado e eu tirando fotos, e admirando a paisagem de uma imensidão de Azul, nesse ínterim fiz amizade com um boliviano e mesmo sem falar espanhol e ele não falar português conseguíamos nos entender perfeitamente. Foram 4h de viagem e no final ganhamos (eu e Theya) uma carona de Punta de Piedras até a cidade de Porlamar que era nosso destino. O Fabian, meu amigo boliviano, foi muito gente boa, nos apontou hotel, nos indicou onde jantar , e eu e theya sem jeito... ele disse que um dia vem ao Brasil então eu retribuo o favor. Na verdade eu num tava querendo dizer, mas meus dedos não agüentam esconder isso: ELE TAVA DANDO EM CIMA DA THEYAAAAAAA!!! Hihihihihihihihihihi

No primeiro dia, fui dar uma volta pela cidade , conheci o centro de Porlamar que é idêntico a Major Gabriel daqui de Manaus, acreditem até o shoppi do bate-palmas tem lá. As ruas são parecidas, os vendedores nem tanto e os preços... bem os preços é uma novela à parte. Toda vitrine da Ilha de Margarita possuía as cores do Brasil... Bem verdade que depois do jogo contra França, não víamos verde e amarelo em loja alguma (porque será heimmm???).

Almoçar era um dilema, não sabíamos que podíamos comer, eu ficava naquele impasse de comer algo diferente, mas só tinha pollo por tudo que é canto, acredita que uma vendedora abusada veio me corrigir com grosseria porque eu não soube pronunciar a palavra pollo corretamente??? Por conta disso decidi que pollo never more. Comemos muiiiito sanduíche da Mcdonald, alguns pratos feitos, doces, comida chinesa, e pão com mortadela. O almoço não era problema, mas o jantar sim, o hotel ficava meio longe de local que vendesse comida, e numa das noites que ainda não tínhamos descobrido a padaria pra comprar pão com mortadela (vai dizer que você nunca fez isso) passamos fome!!!

No dia seguinte quando estamos entrando no hotel eu avistei um carro com placa do Brasil, já havia 3 dias que andávamos de busceta pra cima e pra baixo e não pensei duas vezes. Fui conhecer nossos vizinhos de hotel e com todo carisma que eu sabia que um dia ia servir pra alguma coisa, ganhei carona pra no dia seguinte conhecer Punta de Arenas. A Theya me achou um monstro... bem monstro ou não ganhamos dois novos amigos e toda vez que passo perto de onde eles moram fico com vontade de ir lá dizer um "oi".

Punta de Arenas é uma das extremidades de Margarita, é uma praia que parece um deserto, com direito a cactos e tudo e foi lá que eu peguei minha cor de camarão. Foi lá também que caminhando pela praia minha preciosa maquina digital resolveu comer suicídio enquanto eu caminhava pela praia com ela na mão ela começou a chamar as ondas para banha-lá as ondas tadinhas influenciadas por essa maquina desobediente se jogaram violentamente contra a maquina e afogaram levando junto todas as minhas esperanças de fotos digitais nos próximos dias de viagem.

Bem tem muita coisa pra contar... mas se dizer tudo de uma vez fica cansativo.

Texto escrito por LuciDo.

Minha Lucides não basta a loucura também faz parte
Ser ludico não é charme é essencia
Lúcio é meu nome, significa LUZ
se eu não sou que eu possa ser.


Continua...

Todos os capítulos:
episódio 1: "Os Preparativos"
episódio 2: "A Velha Pentelha"
episódio 3: "A Doida da Rodoviária"
episódio 4: "O Namorado de Gal Costa"
episódio 5: "Gringos"
episódio 6: "Eu era um turista..."
ep. final: "A Sala de Tortura"

Enviado por ThEyA às 16:13

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quinta-feira, agosto 03, 2006

hasta la Isla de Margarita
episódio 5: "Gringos"

Concluí nessa nossa aventura que por mais que a gente queira (no meu caso) se passar desapercebido visitando um país estrangeiro pela primeira vez e sem falar o idioma, menos a gente consegue. Sim, eu tentei falar Espanhol. Sim, eu tentei ser mais uma na multidão. Sim, eu pechinchei, conversei e tentei entender. Mas era só eu abrir a boca e já me identificavam como turista. Incrivelmente os únicos a conseguirem identificar a gente eram os taxistas. Os lojistas e afins nunca conseguiam distinguir o nosso sotaque e erravam feio na escolha do país.

Começou logo na primeira hora de nossa "longa" estadia na ilha. Fomos jantar "Pollo" (frango) em um restaurante perto do hotel. Conhecemos o simpático dono do restaurante e desandei a conversar com ele. Peguei informações sobre as localizações de alguns lugares para visitar no dia seguinte. Tentando sempre falar em Espanhol. É lógico que ele já me identificou logo no começo como turista e fez logo a pergunta: - "¿Usted es alemá?" Nossa, nada a ver eu ser confundida com alemã mas tudo bem, só era o início.

Logo depois dessa percebi duas coisas: eu sabia falar melhor espanhol do que pensava mas quando não conseguia me expressar nessa lingua eu ficava me coçando pra falar Inglês. Eu juro que me segurei o máximo para falar em Inglês. Mesmo sem mencionar nenhuma palavra eles nos confundiam com americanos. Quando a gente chegava em alguma loja para perguntar preço ou alguma outra coisa eles respondiam em inglês. Lá pro final meu companheiro já tava sem paciência e com uma delicadeza do tamanho de um bonde respondia: - "Português! Não Inglês!". Ele sim não fazia a menor questão de tentar falar a língua deles. "Eu sou turista, eles tê obrigação de me entender". Tá, de certa forma ele tem razão, mas eu queria realmente ser entendida rápido sem precisar fazer mímica nem ficar apontando. Era tão mais rápido quando eu chegava nos lugares falando direitinho. Era bem atendida e entendida.

Nessas de confundirem a gente, protagonizamos um episódio engraçado. Nós tinhamos o costume de depois da praia "ficar de bubuia" na piscina do hotel para tirar o sal do mar. Estávamos conversando falando e rindo alto. Do lado oposto da piscina aonde estávamos tinham três meninas adolescentes conversando animadamente também. Depois de um tempo elas sairam da piscina e passaram do lado de onde estávamos. Uma delas jogou uma toalha ensopada na outra e caiu bem ao lado do meu amigo Lucio. E uma delas veio pedir pra ele buscar. Ele, que não tinha entendido o pedido dela [ele na maioria das vezes num me entendia, agora imagine uma menina falando rápido em outra língua hahaha] e virou pra ela e disse: - "Quequié???". Ela apontou pro fundo da piscina aí ele entendeu, mergulhou e devolveu a toalinha. Ao se afastar da gente uma delas, a aparentemente mais nova, falou para as outras: -"Tengo que aprender a hablar Inglés...". Eu fiquei olhando com cara de estarrecida para o João e depois caímos na gargalhada. :D

Mas, quase no final eu consegui atingir meu objetivo. Estávamos no supermercado comprando os apetrechos para a nossa volta e eu saí de perto do Lucio para procurar num-sei-o-quê. No caminho tinha um senhor atrapanhando a passagem no corredor pequeno entre as prateleiras. Cheguei perto dele e disse: - "Permisso señor." Tradução: [cof cof...] "Com licensa senhor." Ele virou pra mim e começou a tagarelar pedindo minha opinião sobre um utensílio doméstico que ele tinha na mão. Eu virei pra ele e disse que não falava espanhol. Mas enfim.... FUI FINALMENTE CONFUNDIDA COM UMA NATIVA! :D

Continua...

Todos os capítulos:
episódio 1: "Os Preparativos"
episódio 2: "A Velha Pentelha"
episódio 3: "A Doida da Rodoviária"
episódio 4: "O Namorado de Gal Costa"
episódio 5: "Gringos"
episódio 6: "Eu era um turista..."
ep. final: "A Sala de Tortura"

Enviado por ThEyA às 16:46

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quarta-feira, agosto 02, 2006

hasta la Isla de Margarita
episódio 4: "O Namorado de Gal Costa"

Sabe uma coisa que deu muito certo nessa nossa viagem foi ter deixado para alugar o carro nos últimos dias. Eu recomendo isso pra quem for pra lá. Sabe por quê? Primeiramente porque a gente economizou grana com isso. "Segundamente" porque nos primeiros dias a gente andou pra caramba, pegamos busu, taxi e com isso acabamos por conhecer bem a cidade e as ruas principais. Porisso não sentimos muita dificuldade em circular por lá de carro depois. O mapinha só serviu de garantia.

Mas enquanto não chegava o dia combinado para conseguir o carro, nós circulamos bastante de taxi. Lá eles têm preço fixo para qualquer lugar da ilha em uma tabelinha. Um percurso ida e volta da praia custava 40 reais. Eu achei absurdamente caro apesar de cobrarem quase o mesmo preço daqui. Você poderia pensar que se é o mesmo preço cobrado aqui eu deveria estar habituada e não tão surpresa. Eu explico o porque do meu assombro, aqui os taxistas têm a desculpa do preço da gasolina ser bastante elevado. Lá eu não sei com o quê eles gastam para manter o taxi. Deveria ser un negócio totalmente lucrativo comparado com os preços de gasolina e o custo da manutenção daqui do Brasil. E considerando tudo isso, os taxistas de lá deveriam ter veículos de nível muito elevado e bem mantidos. De qualquer maneira tivemos que aturar e tentar pechinchar o preço do percurso. Conheci uma moça na viagem de Boa Vista até Santa Elena que me alertou sobre esse aspecto. Os taxistas da Venezuela são muito espertos. Eles às vezes jogam um preço muito alto quando percebem que é turista. Então a gente aprendeu a reclamar e dizer que está "muy caro!".

Mas apesar desse preço e das rotas de ônibus serem fartas, a gente de vez em quando abusava da comodidade e praticidade dos taxis mesmo. E numa dessas fomos passageiros de "um figura" muito simpático. Puxou papo com a gente, descobriu que somos do Brasil, falou de futebol (default) e depois começou a falar sobre música. Depois ele pulou do banco dizendo que estava "muy enamorado de una brasilenha". Eu pensei logo que ele tinha arranjado uma namoradinha da nossa terra por causa da empólgação que ele falou. Aí ele disse o nome da tal namorada: Gal Costa. Disse também que há alguns dias atrás tinha escutado algumas músicas brasileiras de carnaval e começou a cantar:

Ei, bocê aí
Me dá un denero aí
Me dá un denero aí


Um dos poucos taxistas simpáticos que encontramos por lá.

Continua...

Todos os capítulos:
episódio 1: "Os Preparativos"
episódio 2: "A Velha Pentelha"
episódio 3: "A Doida da Rodoviária"
episódio 4: "O Namorado de Gal Costa"
episódio 5: "Gringos"
episódio 6: "Eu era um turista..."
ep. final: "A Sala de Tortura"

Enviado por ThEyA às 16:35

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Me vejo assim...

Eu me chamo Themis mas os outros me chamam de Theya, Timica, Thê, Themisuda, Trêmis, Tlemos, Thâmis. Apenas não me chame de "psiu" nem "ei" pois eu não vou olhar. Mitida não, apenas eu gosto do meu nome e se é pra usar vamos usá-lo.

Moro em Manaus, visual lindo, paisagem magnífica. Detesto preconceito e intolerância. Não gosto de ser previsível e tento ser original. Dou valor à lealdade apesar de levar muito na cara por isso. Gosto de sorvete, chiclete, jujuba, cocada, X-salada sem salada, milk-shake de chocolate e sushi. Sou finalista na faculdade, programadora iniciante, um pouco nerd e geek. Não fumo, bebo socialmente (raramente) e não consigo evitar roer as unhas. Aficionada por televisão e música, sou também uma cinéfila falida. Tímida na frente de quem não conheço, distraída em qualquer lugar e costumo a ser tachada de mitida por isso. Adoro rir, dançar, ler um bom livro, navegar na Internet, trabalhar, beijar na boca, cinema (pode ser em casa também), jogar no computador, meu quarto, som alto, balada e pessoas bem-humoradas.

Não espere encontrar aqui posts diarinhos, miguxês, spams recebidos por email (a não ser em casos muito extraordários). Espere tosquices e futilidades embora goste mais de redigir textos sobre assuntos sérios.

Não sei se alguém aí já notou mas os textos entre colchetes são totalmente dispensáveis. [nhé! mas são divertidos hihih O:D]

Espaço atualizado semanalmente mas às vezes posto mais vezes na semana, vai depender da minha disposição e inspiração. ;)

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Da Série "Hasta La Isla de Margarita"
(viagem para Venezuela em 2006)
ep. 1: "Os Preparativos"
ep. 2: "A Velha Pentelha"
ep. 3: "A Doida da Rodoviária"
ep. 4: "O Namorado de Gal Costa"
ep. 5: "Gringos"
ep. 6: "Eu era um turista..."
ep. final: "A Sala de Tortura"

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